Uma Palavra Amiga

Jesus são de juizo ou louco

28 de Abril
E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si. Marcos 3:20 e 21
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As coisas devem estar a correr mal quando até a nossa família pensa que estamos doidos. Como foi possível que a família de Jesus chegasse a essa conclusão?

Se pensarmos bem, não é muito difícil descobrir algumas razões. Uma delas foi Jesus ter deixado um negócio de carpintaria aparentemente próspero em Nazaré. E a troco de quê? De Se tornar num mestre itinerante sem meios visíveis de sustento?

A segunda é que Jesus não estava a agir como politicamente astuto. Na realidade, Ele estava obviamente em rota de colisão tanto com os dirigentes religiosos como com os seculares. E nem sequer parecia importar-Se com isso.

A terceira, foi Jesus ter formado a Sua própria pequena sociedade religiosa – um pouco estranha, de facto: pescadores, um cobrador de impostos emendado, um nacionalista fanático – ralé. Estes não são o tipo de indivíduos que devemos reunir à nossa volta se quisermos ter algum impacto na sociedade.

A família só podia chegar à conclusão de que Jesus, apesar de todas as Suas boas qualidades, estava a perder contacto com a realidade. Além disso, o Seu rumo de ação não só O punha a Ele em perigo, mas podia eventualmente colocar em risco toda a família. Daí a tentativa da família de assumir alguma supervisão sobre Ele com o objetivo de O afastarem de problemas. Na perspetiva de Jesus, podemos perguntar-nos se essas experiências não estarão por detrás da Sua afirmação de que “os inimigos do homem serão os seus familiares” (Mat. 10:36).

Que significado tem para nós este episódio? Muito, e em todos os aspetos. Demência é o veredito do mundo secular e até do religioso aplicado àqueles que entusiasticamente dedicam toda a sua vida a uma causa religiosa ou filantrópica. J. D. Jones escreveu que “o mundo honra o homem que, por amor à fama, arrisca a sua vida em combate, mas se um homem arriscar a vida por almas por quem Cristo morreu, considera-o um doido”. E Halford Luccock acrescenta: “‘É doido’ sempre foi o tributo supremo na história cristã aplicado àqueles que serviram não dois, mas Um só Senhor. Paulo recebeu essa condecoração por serviços distintos. Festo clamou: ‘Estás louco, Paulo’ (Atos 26:24).”

O que se passa comigo?

Sou um doido ou apenas um simples e velho membro normal da Igreja?